quarta-feira, 22 de agosto de 2007

A tal “imprensa livre” - Reflexões a cerca das manipulações da mídia

*Jorge Barbosa de Jesus

No dia 15 de agosto, do ano em curso, em Brasília foi realizada uma grande manifestação convocada pela Central Única dos Trabalhadores, com a participação da União Nacional dos Estudantes, reunindo de 10 a 20 mil pessoas (as estimativas sempre variam), onde caravanas de quase todos os Estados fizeram-se presentes.

O objetivo do ato foi a defesa de uma agenda positiva aos interesses dos trabalhadores, tendo como pauta de mobilização: a manutenção do veto presidencial à Emenda 3; direito irrestrito de greve e contra o interdito proibitório; garantia de negociação coletiva no serviço público e direito total à organização dos trabalhadores; previdência pública universal com ampliação dos direitos; redução da jornada de trabalho, aumento real de salário; reforma agrária e incentivos à agricultura familiar; redução dos juros e do superávit primário; fim do fator previdenciário; valorização da educação pública; recuperação das perdas das aposentadorias; ratificação da convenção 158 da OIT – Organização Internacional do Trabalho, que veda a dispensa arbitrária por parte do empregador, entre outras.

Porém, como não interessa ao empresariado da divulgação de tais bandeiras de lutas, muito pelo contrário, a grande imprensa em consonância com os interesses do capital preferiu não noticiar, quando muito citava o ocorrido de maneira ínfima, demonstrando um total desprezo, como fez a Folha de São Paulo dedicando uma foto e duas linhas na sexta página da edição do dia 16, a Globo em poucos segundos disse apenas que a manifestação reunião apenas 6 mil pessoas. Contudo, ainda assim foram exceções, a maior parte dos veículos de imprensa, incluindo o jornal A Tarde preferiu desconhecer o fato.

Cabe a reflexão, o aguçamento do espírito crítico. E se fosse uma atividade em oposição aberta ao governo Lula? A turma elitista e ridícula do “Cansei” reuniu apenas 2 mil pessoas na praça da Sé em São Paulo, mas a repercussão dada pela imprensa foi monstruosa.
Precisamos questionar os valores e até onde vai a cobertura da verdade factual e política dada pela imprensa burguesa. É através de tais investigações que damos razão a Hugo Chaves, quando de maneira corajosa não renovou a concessão da RCTV na Venezuela.
A verdade dói, penetra como um punhal afiado nas nossas consciências a colocar nossos valores à aprova.

*Jorge Barbosa de Jesus – Presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e funcionário da Caixa Econômica Federal

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Charge de Sinfrônio para o Diário do Nordeste