sábado, 21 de julho de 2007

Morte de ACM encerra um ciclo político na Bahia, avaliam deputados

O senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) era considerado um dos mais antigos coronéis em atuação na política nacional. Com a morte do senador, políticos avaliam que se encerra um ciclo político de atraso na Bahia e no Brasil.
Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), ''o desaparecimento do senador e ex-governador Antonio Carlos Magalhães encerra um ciclo histórico e político da Bahia e do País.'' A deputada manifestou sua solidariedade aos familiares e amigos pelo falecimento do político baiano e afirmou que, do ponto de vista político, o ciclo de poder fruto do amálgama das diversas oligarquias locais, marcado pelo controle autoritário da máquina estatal não se manterá intacto.

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) também concorda com Alice. “A morte do senador significa o fim de uma trajetória política que estava visível a decomposição dessa força política. A nossa manifestação nesse momento é de solidariedade com os familiares, mas é importante registrar o fim de uma trajetória e de um projeto político que trouxe graves prejuízos para o nosso Estado e para política brasileira”, afirma.

A direção nacional do Partido Comunista do Brasil também enviou de condolências à família do senador. A nota é assinada pelo presidente do PCdoB, Renato Rabelo.

Ao saber da morte do senador Antônio Carlos Magalhães, o coordenador da Bancada da Bahia no Congresso Nacional, deputado federal Walter Pinheiro (PT/BA) declarou que sente a morte de ACM, mesmo tendo passado a vida em discordância com o senador. “Sinto a morte de uma pessoa, que apesar de nossos caminhos diferentes e nossas divergências políticas, conseguiu construir um grupo forte na Bahia, ao longo de 50 anos. Agora, compete a esse grupo, ao qual ele pertencia, traçar seus rumos, com um aumento de responsabilidade para aqueles que ficaram”, destacou.

Herdeiros políticos

Após a morte do filho Luís Eduardo Magalhães, em abril de 1998, Antonio Carlos Magalhães Neto se tornou o principal herdeiro político de ACM. Um dos mais jovens parlamentares do Congresso Nacional, ACM Neto, 28 anos, está em seu segundo mandato na Câmara.

O primeiro suplente de Antonio Carlos Magalhães é o filho mais velho dele, Antonio Carlos Júnior. Ele é empresário e professor universitário. O segundo suplente é Hélio Corrêa. Em 2001, em entrevista a agência da Folha, Antonio Carlos Júnior anunciou que não tinha escolhido ser suplente do senador. ''Virei suplente do senador por uma decisão dele. Ele me comunicou, e eu respeitei'', disse o empresário, presidente da Rede Bahia de Comunicações, um conglomerado formado por 14 empresas e cerca de 1.100 funcionários que retransmite a Rede Globo no Estado.

De Brasília,Alberto Marques

Leia também: Morre Antônio Carlos Magalhães, ''ícone'' da política oligárquica

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Sintratec realiza manifestação contra declarações de Fernando Gomes

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Têxteis e Calçadistas (Sintratec) realiza no dia 20 de julho, às 10 horas, na Praça Adami, um protesto contra as declarações do prefeito de Itabuna Fernando Gomes, que chamou os trabalhadores da Trifil de ladrões, ao afirmar que “o funcionário rouba, tem empregada que sai com dez calcinhas e ainda bota a empresa na Justiça". O prefeito aproveitou o ensejo para defender também a privatização da rodovia Ilhéus/Itabuna.
A manifestação contará com a participação dos sindicatos filiados a Corrente Sindical Classista.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Comissão Estadual de Organização do PCdoB propõe meta ousada para Conferência

A reunião da Comissão Estadual de Organização do PCdoB na Bahia, ocorrida na última sexta-feira, 13 de julho, fez um balanço do crescimento partidário nos últimos meses e apresentou uma meta audaciosa de mobilização de 9 mil filiados para a Conferência Estadual que acontecerá de 26 a 27 de outubro em Salvador.

Precederam aos debates as exposições de Péricles de Souza, presidente estadual do partido, sobre as resoluções da sétima reunião do Comitê Central, de Milton Barbosa, secretário de formação, sobre o curso intensivo de formação de quadros e de Davidson Magalhães, secretário de organização, sobre o plano de estruturação partidária.

Péricles enfatizou na sua apresentação as quatro tarefas políticas mais importantes contidas em artigo de Renato Rabelo, publicado no portal vermelho: o esforço para sedimentação do Bloco de Esquerda, a persistência na luta por uma reforma política democrática, o reforço e a ampliação dos laços com o movimento social e a preparação do embate eleitoral de 2008.

Milton Barbosa explicou o plano do curso de formação de quadros, que visa unificar o conjunto dos militantes acerca das atuais diretrizes do partido e a meta de envolver neste curso de mil a mil e quinhentos dirigentes municipais.

Davidson Magalhães apresentou um balanço do crescimento do PCdoB, que já está organizado em quase 300 municípios baianos e da realização dos encontros regionais que já envolveram mais de 150 municipais e cerca de 600 dirigentes, além de apresentar o plano da Conferencia Estadual que pretende incorporar aos debates nas assembléias de base e plenárias municipais nove mil militantes. Davidson falou ainda da campanha pela sede própria e da carteira nacional de militante, que será rigorosamente exigida como pré-requisito para ser eleito membro de Comitê Municipal, bem como Delegado (a) à Conferência Estadual.

O presidente do PCdoB em Itabuna e membro da Comissão de Organização, Ramon Cardoso, participou da reunião onde apresentou uma avaliação da construção partidária e do projeto eleitoral do PCdoB na Região Sul. “Atualmente estamos presentes em 31 municípios da região e em breve atingiremos 100% do total, filiamos vereadores em vários municípios e o vice-prefeito de Ubatã, teremos candidatos a prefeito e a vice-prefeito em algumas cidades e candidatos a vereador em todos os municípios onde o partido estiver organizado”, disse Ramon. Quanto ao plano de formação, já foi realizado o curso para a primeira turma de 32 militantes de Itabuna e já estão programadas mais seis turmas na Região sul e três na Região Extremo Sul.

Entrevista com Luís Sena: “A população de Itabuna tem demonstrado insatisfação com a repetição dos mesmos nomes nas eleições para prefeito”


Qual sua avaliação da Administração FG?
Sena
- A administração Fernando Gomes passa por uma situação vergonhosa, em decorrência dos desmandos, denúncias de corrupção, caos na saúde, desvios, atrasos de salários, desmonte e sucateamento das estruturas. É notório que o atual prefeito não tem plano administrativo para nossa cidade. A insatisfação é generalizada.

O PCdoB lançou sua pré-candidatura a prefeito de Itabuna. Que ações lhe credenciam a ser prefeito de Itabuna?
Sena
- O meu partido, PCdoB, tem um compromisso com o povo, temos participação efetiva em todas as frentes de luta , seja nos movimentos sociais ou no parlamento. Nas eleições de 2008, nosso partido está apresentando o meu nome para ser avaliado pelo eleitorado, construindo com forças progressistas uma alternativa popular e democrática, que atenda as necessidades do povo de Itabuna. A experiência adquirida nos três mandatos de vereador, reconhecido como mais atuante em defesa dos interesses da população; a atuação como secretário de agricultura, indústria, comércio e turismo na administração Geraldo Simões e também a experiência positiva de quase 16 mil votos (11.001 em Itabuna) na eleição de deputado estadual, em 2006, nos credencia perante ao eleitorado itabunense, que em recentes pesquisas clamam, por um novo nome para dirigir os destinos da nossa cidade.

Quais são seus projetos para a saúde, educação, cultura, geração de emprego e renda?
Sena
- É preciso que seja elaborado um plano qualitativo de gestão política para Itabuna, discutido com todos os segmentos, objetivando a retomada de um projeto administrativo que promova a democratização do acesso às ações políticas, pois a atual administração sucateou e desmontou os principais fóruns de participação popular que funcionavam antes. Revitalizar a saúde, valorizar as ações da educação e cultura, fortalecer as áreas de comércio e serviço, nosso principal pólo de geração de emprego e renda. O momento é propício, pois com a eleição de Wagner governador e Lula reeleito, teremos um canal aberto para potencializar as ações do governo estadual e federal em todos os seus programas, principalmente, os de combate à exclusão social. É preparar a nossa cidade para o seu centenário.

Como andam as articulações com os partidos para lhe apoiarem?
Sena
- A exemplo do que vem ocorrendo nacionalmente, estamos construindo em Itabuna uma frente progressista, a princípio, com a participação do PCdoB, PSB, PDT, PHS e PMN, cujo objetivo central é apresentar um novo nome como candidato a prefeitura de Itabuna em 2008. Várias reuniões já aconteceram e estamos em processo de conversas com outras forças políticas interessadas nesse projeto, bem como atraindo os descontentes com a atual administração. Ao mesmo tempo, o nosso partido vem agregando novas lideranças, consolidando assim, a nossa chapa de candidatos a vereador.

Desde 1988 Itabuna é administrada por dois políticos. Como pretende romper esse ciclo?
Sena
- A população de Itabuna tem demonstrado insatisfação com a repetição dos mesmos nomes nas eleições para prefeito. As pesquisas apontam esses dados, o PCdoB apresenta o meu nome como candidato justamente para atender esse pleito do eleitorado. Além de ser um nome novo postulando o cargo de prefeito, apresentamos uma proposta diferente, atualizada, democrática e compromissada com a gestão pública, transparente e voltada para o atendimento das necessidades da nossa população.

Charge de Sinfrônio para o Diário do Nordeste