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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Operários protestam contra descaso da Trifil
O Sintratec (Sindicato das Empresas Têxteis e Calçadistas) realizou hoje, em Itabuna, manifestação relâmpago contra o descaso da Trifil em relação às reivindicações dos trabalhadores na mesa de negociação da campanha salarial da categoria. O ato aconteceu na Avenida Kennedy, no bairro Jaçanã e teve duração de aproximandament duas horas. Por volta das 13h40min, os sindicalistas interditaram o acesso de quatro ônibus que conduziam os operários e operárias do turno vespertino à fábrica. Os trabalhadores desceram dos veículos em apoio ao Sindicato. A presidente do sindicato, Rosineide Cairo, afirmou que a manifestação era uma advertência à empresa, mas alertou que o sindicato está disposto a entrar em greve, caso a fábrica não apresente um reajuste digno.
Inácio Arruda: oposição e mídia tentam impedir que Lula faça sucessor
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim que a mídia e a oposição tentam impedir que o Presidente Lula faça o sucessor nas eleições de 2010 (clique aqui para ouvir o áudio).
"Eles vão criando dificuldades porque o Lula não pode chegar em 2010, passando por 2008, assim, voando... Então, é preciso (para a mídia e oposição) criar mil e um mecanismos de desestabilização para que enfraqueça o Presidente", disse Arruda.
O senador Arruda lembra que o "enfraquecimento do Presidente nessa disputa também significa o enfraquecimento da capacidade do Estado de cumprir sua obrigação, o seu dever". Para ele, desestabilizar o Presidente é criar uma situação de anarquia e incapacidade do Estado. "E quem sofre com isso, amargamente, é a população", disse Arruda.
Inácio Arruda disse que o Presidente Lula deveria reagir mais. "O Governo, na ânsia de poder votar, quer partir para uma ação de dizer: 'vamos votar e deixa a oposição falar'. Só que em determinadas situações não é o problema de falar e deixar falar. É o problema de enfrentar o embate político", disse Arruda.
O senador Arruda lembrou também que no primeiro turno das eleições de 2006 a campanha virou um ataque brutal contra o Presidente Lula e ele tratou a eleição como "uma coisa de água com açúcar". No segundo turno, como não tinha mais alternativa, o Presidente Lula teve que "ir para cima do adversário", com um debate e enfrentamento político forte.
"Quando fez esse enfrentamento, essa direitona brasileira e seu aparato tiveram que recolher, teve que dar uma encolhida forte e permitiu a vitória fácil do Lula... Então eu tenho essa opinião que em determinados momentos, não adianta Ministro falar, é o Presidente da República, o enfrentamento político é aqui", disse Arruda.
Arruda é a favor de que em determinados momentos, o Presidente Lula faça o "enfrentamento político" em atos e solenidades oficiais ou até mesmo em rede nacional de rádio e televisão.
Inácio Arruda disse também que a mídia e seus grandes anunciantes governam, porque conseguiram derrubar a CPMF. "Governa, porque ela vai fazendo determinações, vai dizendo que 'tem que ser assim' e 'tem que ser assado' e por aí vai", disse Arruda.
Arruda disse que o papel oposicionista da mídia brasileira já ocorreu em outros momentos da história do Brasil. Ele lembrou que o escritor José de Alencar, que também foi deputado federal, teve que criar cinco jornais para responder à oposição da mídia. "Ele dizia: 'como eu vou responder os colunistas? Eles fazem o trabalho do dono do jornal'", disse Arruda.
Segundo Arruda, o Patriarca da Independência José Bonifácio, depois de ter sido deportado como inimigo da pátria, também teve que criar jornais para responder aos ataques da oposição.
Arruda disse que a postura da mídia foi diferente no Governo de Fernando Henrique Cardoso. "No Governo passado havia unanimidade midiática em todo projeto em curso", disse Arruda.
Leia a íntegra da entrevista com Inácio Arruda:
Paulo Henrique Amorim – Senador, eu li recentemente uma entrevista que o senhor deu ao portal Vermelho, que é o portal do PC do B, que, na minha modesta opinião, talvez seja o melhor portal de partidos políticos brasileiro, em que o senhor diz que, na sua opinião, há uma ligação intrínseca entre a oposição é a mídia que, este ano, ano de eleições, se manterá na ofensiva contra o Governo Lula. Eu gostaria que o senhor falasse mais sobre isso, inclusive é um conceito que o senhor usa, que “eles, a oposição e a mídia, estão tentando de toda sorte criar condições de desestabilizar o Governo”. O que o senhor entende por isso?
Inácio Arruda – Olha, Paulo, esse fato é permanente e parece que é um viés da história brasileira. Eu lembro que o José de Alencar, o escritor, que também foi deputado federal e cearense, ele teve que criar inúmeros jornais. Na época, talvez, isso fosse mais fácil, porque você respondia com seu próprio jornal. Porque ele até dizia: “Como é que eu vou responder aos colunistas? Eles fazem o trabalho do dono do jornal. Às vezes são mais reais que o dono do jornal”. Teve que criar cinco jornais.
Paulo Henrique Amorim – Cinco?
Cinco. O Patriarca da Independência, José Bonifácio, teve que fazer a mesma coisa. E depois foi deportado, como inimigo da pátria. Veja esse papel da mídia brasileira, como ele tem trabalhado. Sempre fica essa coisa de a gente ter que comparar, mas no governo passado havia unanimidade midiática em todo o processo em curso. Como eu era da posição, o que eu e meus colegas de oposição falavam eram coisas de xiita, tresloucados, que não conhecem o Brasil, não sabe da realidade, e por aí vai. Quando nós chegamos ao Governo, continuamos sendo tresloucados. Não conseguimos mudar de jeito nenhum. Então, quer dizer, esse trabalho da mídia brasileira, sempre se diz “mas tem liberdade de expressão, liberdade de opinião”, isso nós todos estamos de acordo. Mas onde é que tem liberdade de opinião, se você tem que ter seu próprio órgão de comunicação pra dizer o que você pensa? Então, isso não é liberdade de opinião. Então, esse debate, com o problema da liberdade de opinião versus órgãos de comunicação é carente. Liberdade de opinião todo mundo tem. Agora, o controle dos órgãos de comunicação brasileira, especialmente a área de radiodifusão de som, imagens no Brasil, televisão, rádio, que têm um impacto muito grande no meio do povo, se ouve ali um telejornal, às vezes chega a ser ouvido por 60 milhões de pessoas num dia. Então, você fazer um elogio, Paulo Amorim, o maior jornalista do Brasil...
Paulo Henrique Amorim – Não há esse perigo.
Inácio Arruda – Não há esse perigo, porque você viraria santo e o papa ia lhe convidar para ser canonizado. Agora, se for o inverso você vai para o inferno e nem Dante vai conseguir reproduzir as imagens que você vai ter que passar.
Paulo Henrique Amorim – Mas por que o senhor diz que isso pode chegar ao ponto de desestabilizar, porque isso é muito sério.
Inácio Arruda – São os paradoxos. Nós éramos da oposição e às vezes a gente cometia muitos desatinos. Mesmo assim, Paulo, eu lembro que o PC do B, que era pequeno, eram dez, onze, doze votos que nós tínhamos na Câmara, mas nós chegamos a votar por duas vezes a CPMF. Por quê? O nosso compromisso com o Governo Fernando Henrique era zero, com o Governo Fernando Henrique. Agora, com o Brasil, nós tínhamos todo o compromisso. Quando nós compreendemos que aquela medida, que aquele tributo tinha significado para a população, para melhorar a vida do povo, para permitir que o Estado tivesse condições de investir um pouco mais para melhorar a vida do povo, nós sentamos, nos reunimos, o PC do B, a despeito de ser oposicionista ferrenho do Governo Fernando Henrique, vai votar favoravelmente, é uma medida a favor do Brasil. Vem agora o PSDB, instigado pela mídia, e numa campanha puxada pela Fiesp...
Paulo Henrique Amorim – Fiesp e a mídia.
Inácio Arruda – Fiesp e mídia, um conluio midiático com os seus anunciantes principais e insufla o PSDB e o PFL – agora Democratas –, para tomarem a posição de votarem contra a CPMF, um imposto que talvez seja o único imposto... Na Constituição tem a previsão de se estabelecer o imposto para as grandes fortunas, Paulo. Até hoje não conseguiu ser regulamentado. O último substitutivo está na Câmara, da ex-deputada, economista que vive no Rio de Janeiro, portuguesa, Conceição Tavares.
Paulo Henrique Amorim – Maria da Conceição Tavares.
Inácio Arruda – Conceição Tavares, excelente, fez um grande trabalho. (O substitutivo) ficou lá na Câmara, não sai do lugar. O único tributo no Brasil que as grandes fortunas tinham que pagar era a CPMF, nenhum outro. Porque os outros eles conseguem meios vários de driblar aquele tributo, driblam ICMS, driblam IPI, driblam muitos e muitos tributos com argumentos fortíssimo de manutenção de emprego, manutenção disso, capacidade de enfrentar concorrência internacional etc. então, tem razões vastas para que eles deixem de pagar os tributos. O único que eles não tiveram como escapar era a CPMF, que era essa “merrequinha” de 0,38% sobre as transações que eles realizavam em qualquer órgão bancário, em qualquer agência bancária, em qualquer meio bancário do país. Eles derrubaram esse imposto. Foi um trabalho midiático, Paulo. Porque não era um problema só de ser para saúde não. Era um problema de permitir que a saúde fosse atendida e, ao mesmo tempo, o governo tivesse uma folga para poder ampliar a capacidade de investimentos dos Estados em obras de infra-estrutura que, às vezes não contam como saúde, mas uma boa drenagem urbana em megalópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Porto Alegre, essas grandes cidades que têm grandes regiões metropolitanas, um trabalho de drenagem urbana evita, por exemplo, a proliferação maior do mosquito da dengue e outras mazelas que atingem a população, e por aí vai. E às vezes isso não é contado como saúde, mas é um investimento de saúde pública. Então, essa capacidade do Estado, de investir, eles vão criando dificuldades, porque o Lula não pode chagar em 2010, passando por 2008, voando. Ele não pode chegar em 2010 dizendo, “nós vamos fazer a sucessão presidencial” e o campo que vai continuar governando o Brasil, pelas condições favoráveis, digamos assim, de um Governo de Lula, vai ser esse campo progressista brasileiro, que vai dar continuidade nesse processo de formatação de um desenho de um projeto nacional que ainda estamos muito preliminarmente trabalhando isso, mas é um desenho. Infra-estrutura, portos, estradas, ferrovias... Tudo isso ainda é embrionário.
Paulo Henrique Amorim – Então nós estamos falando, na sua opinião, de impedir que o Presidente Lula faça o sucessor?
Inácio Arruda – Tenha força para dizer, “o sucessor passa por mim”. É preciso criar mil e um mecanismos de desestabilização para que enfraqueça o Presidente. Só que o enfraquecimento do Presidente nessa disputa também significa o enfraquecimento da capacidade do Estado de cumprir a sua obrigação, o seu dever. Então vamos para o debate político, não preciso desestabilizar o Presidente, porque desestabilizar o Presidente da República num sistema como o nosso... Nosso sistema não é Parlamentarista em que cai o gabinete e o Presidente convoca uma eleição e retoma o gabinete, é Presidencialismo. Desestabilizar o Presidente é você criar uma situação quase que de anarquia do Estado e de incapacidade do Estado e quem sofre com isso, amargamente, é a população.
Paulo Henrique Amorim – É o seguinte senador, e como é que se sai desse enrosco, porque é que o Governo e esse campo político que sustenta o Governo não conseguem encontrar uma alternativa a esse golpe, se a gente pode assim chamar, da mídia e Fiesp para derrubar a CPMF pela mão do PSDB e pelos Democratas?
Inácio Arruda – Aqui tem uma máxima no Congresso Nacional que é a seguinte, a oposição fala e o Governo vota. Só que ao falar e ao se articular com poderosos instrumentos que tem força no poder real brasileiro, e a mídia tem força no poder real porque ela é fruto dos seus anunciantes. Os anunciantes são grandes corporações que têm influência junto a senadores, junto a deputados, junto a juízes, junto a ministros de tribunais. Então, essa força, quando ela se movimenta, ela não só, muitas vezes, cala o Governo. Porque o Governo na ânsia de poder votar quer partir para uma ação assim, vamos votar e deixa a oposição falar. Só que em determinadas situações não é o problema de falar e deixar votar, é o problema de enfrentar o debate político. Eu lembro que no primeiro turno de 2006, a campanha virou aquela coisa meio água com açúcar. Um ataque permanente e brutal em cima do Lula e o Lula tratando a eleição como uma coisa de água com açúcar. No segundo turno, que não tinha mais alternativa, o Lula teve que ir para cima do adversário, fazendo um debate político, um enfrentamento político forte. Quando fez esse enfrentamento, essa “direitona” brasileira, com seu aparato, teve que se recolher, deu uma encolhida forte e permitiu a vitória fácil do Lula no segundo turno.
Paulo Henrique Amorim – Por que é que o Lula não reage mais?
Inácio Arruda – Porque fica nessa idéia. Tem essa idéia, o Governo tem que fazer as coisas e governar. Por que é que a mídia é infestada de escândalos? Eu até ia fazer um pronunciamento ontem anunciando mais um escândalo, que era o fato escandaloso do mês de janeiro ter sido um dos melhores meses em toda a história de venda de automóveis.
Paulo Henrique Amorim – Isso é um escândalo.
Inácio Arruda – Mas aí o pessoal meu me aconselhou, mas isso aí não vai sair em canto nenhum. Mas como é possível, isso movimenta a economia.
Paulo Henrique Amorim – Não há a menor possibilidade desse dado sair no Estadão, senador (risos).
Inácio Arruda – O que tem de oficina no meu Estado para concertar carro... Esse povo está ululante (risos). Mas aí o pessoal me convenceu e disse, não fala isso, isso aí não vai dar certo, só a TV Senado que vai dar, é melhor você ficar quieto. A idéia de que é só escândalo para poder criar dificuldades, fica aquela coisa assim, o país está indo para um lado e a mídia, um passo para a direita, para outro.
Paulo Henrique Amorim – Mas acontece que essa mídia governa, senador...
Inácio Arruda – Governa, porque ela vai fazendo determinações. Vai dizendo que aqui tem que ser assim, aqui tem que ser assado e por aí vai. Então eu tenho essa opinião de que em determinados momentos o Presidente da República... O sistema, Paulo, o modelo nosso é Presidencialista, não adianta Ministro falar, é o Presidente da República, o enfrentamento político é aqui. Então ele vai a um ato que ele realiza, porque ele tem muitas oportunidades, ele vai inaugurar, ele vai fazer o lançamento de algum programa, convoca uma rede nacional, às vezes isso é menos eficaz, mas nos atos que ele realiza ele pode se pronunciar fazendo o enfrentamento dessa questão. Por que, o que ocorre? Você está fazendo um Plano de Aceleração do Crescimento, e isso não é notícia em canto nenhum, isso só é notícia para dizer que é pífio, que empacou.
Paulo Henrique Amorim – O Globo criou essa expressão, o verbo empacar. Isso é um copyright do Globo.
Inácio Arruda – Uma aberração literária. Daqui a pouco, se o Houaiss tivesse vivo, ia ser obrigado a colocar no dicionário dele (risos). Então você veja a situação, se você tem o Plano de Aceleração do Crescimento... Eu sou cearense, nordestino e brasileiro ao mesmo tempo, como eu disse, só tem um senador do PC do B, nós temos que representar o país mesmo, mas veja que nós temos ali umas jazidas de ventos para a produção de energia eólica e nesse programa de incentivo a energias alternativas estão se montando ali, no Ceará e no Rio Grande do Norte, principalmente, grandes parques eólicos. Não tem uma manchete!
Paulo Henrique Amorim – O senador Agripino Maia parece que não percebeu isso.
Inácio Arruda - Não olha, não abre esse olho, parece que caiu uma trave... Não consegue enxergar.
"Eles vão criando dificuldades porque o Lula não pode chegar em 2010, passando por 2008, assim, voando... Então, é preciso (para a mídia e oposição) criar mil e um mecanismos de desestabilização para que enfraqueça o Presidente", disse Arruda.
O senador Arruda lembra que o "enfraquecimento do Presidente nessa disputa também significa o enfraquecimento da capacidade do Estado de cumprir sua obrigação, o seu dever". Para ele, desestabilizar o Presidente é criar uma situação de anarquia e incapacidade do Estado. "E quem sofre com isso, amargamente, é a população", disse Arruda.
Inácio Arruda disse que o Presidente Lula deveria reagir mais. "O Governo, na ânsia de poder votar, quer partir para uma ação de dizer: 'vamos votar e deixa a oposição falar'. Só que em determinadas situações não é o problema de falar e deixar falar. É o problema de enfrentar o embate político", disse Arruda.
O senador Arruda lembrou também que no primeiro turno das eleições de 2006 a campanha virou um ataque brutal contra o Presidente Lula e ele tratou a eleição como "uma coisa de água com açúcar". No segundo turno, como não tinha mais alternativa, o Presidente Lula teve que "ir para cima do adversário", com um debate e enfrentamento político forte.
"Quando fez esse enfrentamento, essa direitona brasileira e seu aparato tiveram que recolher, teve que dar uma encolhida forte e permitiu a vitória fácil do Lula... Então eu tenho essa opinião que em determinados momentos, não adianta Ministro falar, é o Presidente da República, o enfrentamento político é aqui", disse Arruda.
Arruda é a favor de que em determinados momentos, o Presidente Lula faça o "enfrentamento político" em atos e solenidades oficiais ou até mesmo em rede nacional de rádio e televisão.
Inácio Arruda disse também que a mídia e seus grandes anunciantes governam, porque conseguiram derrubar a CPMF. "Governa, porque ela vai fazendo determinações, vai dizendo que 'tem que ser assim' e 'tem que ser assado' e por aí vai", disse Arruda.
Arruda disse que o papel oposicionista da mídia brasileira já ocorreu em outros momentos da história do Brasil. Ele lembrou que o escritor José de Alencar, que também foi deputado federal, teve que criar cinco jornais para responder à oposição da mídia. "Ele dizia: 'como eu vou responder os colunistas? Eles fazem o trabalho do dono do jornal'", disse Arruda.
Segundo Arruda, o Patriarca da Independência José Bonifácio, depois de ter sido deportado como inimigo da pátria, também teve que criar jornais para responder aos ataques da oposição.
Arruda disse que a postura da mídia foi diferente no Governo de Fernando Henrique Cardoso. "No Governo passado havia unanimidade midiática em todo projeto em curso", disse Arruda.
Leia a íntegra da entrevista com Inácio Arruda:
Paulo Henrique Amorim – Senador, eu li recentemente uma entrevista que o senhor deu ao portal Vermelho, que é o portal do PC do B, que, na minha modesta opinião, talvez seja o melhor portal de partidos políticos brasileiro, em que o senhor diz que, na sua opinião, há uma ligação intrínseca entre a oposição é a mídia que, este ano, ano de eleições, se manterá na ofensiva contra o Governo Lula. Eu gostaria que o senhor falasse mais sobre isso, inclusive é um conceito que o senhor usa, que “eles, a oposição e a mídia, estão tentando de toda sorte criar condições de desestabilizar o Governo”. O que o senhor entende por isso?
Inácio Arruda – Olha, Paulo, esse fato é permanente e parece que é um viés da história brasileira. Eu lembro que o José de Alencar, o escritor, que também foi deputado federal e cearense, ele teve que criar inúmeros jornais. Na época, talvez, isso fosse mais fácil, porque você respondia com seu próprio jornal. Porque ele até dizia: “Como é que eu vou responder aos colunistas? Eles fazem o trabalho do dono do jornal. Às vezes são mais reais que o dono do jornal”. Teve que criar cinco jornais.
Paulo Henrique Amorim – Cinco?
Cinco. O Patriarca da Independência, José Bonifácio, teve que fazer a mesma coisa. E depois foi deportado, como inimigo da pátria. Veja esse papel da mídia brasileira, como ele tem trabalhado. Sempre fica essa coisa de a gente ter que comparar, mas no governo passado havia unanimidade midiática em todo o processo em curso. Como eu era da posição, o que eu e meus colegas de oposição falavam eram coisas de xiita, tresloucados, que não conhecem o Brasil, não sabe da realidade, e por aí vai. Quando nós chegamos ao Governo, continuamos sendo tresloucados. Não conseguimos mudar de jeito nenhum. Então, quer dizer, esse trabalho da mídia brasileira, sempre se diz “mas tem liberdade de expressão, liberdade de opinião”, isso nós todos estamos de acordo. Mas onde é que tem liberdade de opinião, se você tem que ter seu próprio órgão de comunicação pra dizer o que você pensa? Então, isso não é liberdade de opinião. Então, esse debate, com o problema da liberdade de opinião versus órgãos de comunicação é carente. Liberdade de opinião todo mundo tem. Agora, o controle dos órgãos de comunicação brasileira, especialmente a área de radiodifusão de som, imagens no Brasil, televisão, rádio, que têm um impacto muito grande no meio do povo, se ouve ali um telejornal, às vezes chega a ser ouvido por 60 milhões de pessoas num dia. Então, você fazer um elogio, Paulo Amorim, o maior jornalista do Brasil...
Paulo Henrique Amorim – Não há esse perigo.
Inácio Arruda – Não há esse perigo, porque você viraria santo e o papa ia lhe convidar para ser canonizado. Agora, se for o inverso você vai para o inferno e nem Dante vai conseguir reproduzir as imagens que você vai ter que passar.
Paulo Henrique Amorim – Mas por que o senhor diz que isso pode chegar ao ponto de desestabilizar, porque isso é muito sério.
Inácio Arruda – São os paradoxos. Nós éramos da oposição e às vezes a gente cometia muitos desatinos. Mesmo assim, Paulo, eu lembro que o PC do B, que era pequeno, eram dez, onze, doze votos que nós tínhamos na Câmara, mas nós chegamos a votar por duas vezes a CPMF. Por quê? O nosso compromisso com o Governo Fernando Henrique era zero, com o Governo Fernando Henrique. Agora, com o Brasil, nós tínhamos todo o compromisso. Quando nós compreendemos que aquela medida, que aquele tributo tinha significado para a população, para melhorar a vida do povo, para permitir que o Estado tivesse condições de investir um pouco mais para melhorar a vida do povo, nós sentamos, nos reunimos, o PC do B, a despeito de ser oposicionista ferrenho do Governo Fernando Henrique, vai votar favoravelmente, é uma medida a favor do Brasil. Vem agora o PSDB, instigado pela mídia, e numa campanha puxada pela Fiesp...
Paulo Henrique Amorim – Fiesp e a mídia.
Inácio Arruda – Fiesp e mídia, um conluio midiático com os seus anunciantes principais e insufla o PSDB e o PFL – agora Democratas –, para tomarem a posição de votarem contra a CPMF, um imposto que talvez seja o único imposto... Na Constituição tem a previsão de se estabelecer o imposto para as grandes fortunas, Paulo. Até hoje não conseguiu ser regulamentado. O último substitutivo está na Câmara, da ex-deputada, economista que vive no Rio de Janeiro, portuguesa, Conceição Tavares.
Paulo Henrique Amorim – Maria da Conceição Tavares.
Inácio Arruda – Conceição Tavares, excelente, fez um grande trabalho. (O substitutivo) ficou lá na Câmara, não sai do lugar. O único tributo no Brasil que as grandes fortunas tinham que pagar era a CPMF, nenhum outro. Porque os outros eles conseguem meios vários de driblar aquele tributo, driblam ICMS, driblam IPI, driblam muitos e muitos tributos com argumentos fortíssimo de manutenção de emprego, manutenção disso, capacidade de enfrentar concorrência internacional etc. então, tem razões vastas para que eles deixem de pagar os tributos. O único que eles não tiveram como escapar era a CPMF, que era essa “merrequinha” de 0,38% sobre as transações que eles realizavam em qualquer órgão bancário, em qualquer agência bancária, em qualquer meio bancário do país. Eles derrubaram esse imposto. Foi um trabalho midiático, Paulo. Porque não era um problema só de ser para saúde não. Era um problema de permitir que a saúde fosse atendida e, ao mesmo tempo, o governo tivesse uma folga para poder ampliar a capacidade de investimentos dos Estados em obras de infra-estrutura que, às vezes não contam como saúde, mas uma boa drenagem urbana em megalópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Porto Alegre, essas grandes cidades que têm grandes regiões metropolitanas, um trabalho de drenagem urbana evita, por exemplo, a proliferação maior do mosquito da dengue e outras mazelas que atingem a população, e por aí vai. E às vezes isso não é contado como saúde, mas é um investimento de saúde pública. Então, essa capacidade do Estado, de investir, eles vão criando dificuldades, porque o Lula não pode chagar em 2010, passando por 2008, voando. Ele não pode chegar em 2010 dizendo, “nós vamos fazer a sucessão presidencial” e o campo que vai continuar governando o Brasil, pelas condições favoráveis, digamos assim, de um Governo de Lula, vai ser esse campo progressista brasileiro, que vai dar continuidade nesse processo de formatação de um desenho de um projeto nacional que ainda estamos muito preliminarmente trabalhando isso, mas é um desenho. Infra-estrutura, portos, estradas, ferrovias... Tudo isso ainda é embrionário.
Paulo Henrique Amorim – Então nós estamos falando, na sua opinião, de impedir que o Presidente Lula faça o sucessor?
Inácio Arruda – Tenha força para dizer, “o sucessor passa por mim”. É preciso criar mil e um mecanismos de desestabilização para que enfraqueça o Presidente. Só que o enfraquecimento do Presidente nessa disputa também significa o enfraquecimento da capacidade do Estado de cumprir a sua obrigação, o seu dever. Então vamos para o debate político, não preciso desestabilizar o Presidente, porque desestabilizar o Presidente da República num sistema como o nosso... Nosso sistema não é Parlamentarista em que cai o gabinete e o Presidente convoca uma eleição e retoma o gabinete, é Presidencialismo. Desestabilizar o Presidente é você criar uma situação quase que de anarquia do Estado e de incapacidade do Estado e quem sofre com isso, amargamente, é a população.
Paulo Henrique Amorim – É o seguinte senador, e como é que se sai desse enrosco, porque é que o Governo e esse campo político que sustenta o Governo não conseguem encontrar uma alternativa a esse golpe, se a gente pode assim chamar, da mídia e Fiesp para derrubar a CPMF pela mão do PSDB e pelos Democratas?
Inácio Arruda – Aqui tem uma máxima no Congresso Nacional que é a seguinte, a oposição fala e o Governo vota. Só que ao falar e ao se articular com poderosos instrumentos que tem força no poder real brasileiro, e a mídia tem força no poder real porque ela é fruto dos seus anunciantes. Os anunciantes são grandes corporações que têm influência junto a senadores, junto a deputados, junto a juízes, junto a ministros de tribunais. Então, essa força, quando ela se movimenta, ela não só, muitas vezes, cala o Governo. Porque o Governo na ânsia de poder votar quer partir para uma ação assim, vamos votar e deixa a oposição falar. Só que em determinadas situações não é o problema de falar e deixar votar, é o problema de enfrentar o debate político. Eu lembro que no primeiro turno de 2006, a campanha virou aquela coisa meio água com açúcar. Um ataque permanente e brutal em cima do Lula e o Lula tratando a eleição como uma coisa de água com açúcar. No segundo turno, que não tinha mais alternativa, o Lula teve que ir para cima do adversário, fazendo um debate político, um enfrentamento político forte. Quando fez esse enfrentamento, essa “direitona” brasileira, com seu aparato, teve que se recolher, deu uma encolhida forte e permitiu a vitória fácil do Lula no segundo turno.
Paulo Henrique Amorim – Por que é que o Lula não reage mais?
Inácio Arruda – Porque fica nessa idéia. Tem essa idéia, o Governo tem que fazer as coisas e governar. Por que é que a mídia é infestada de escândalos? Eu até ia fazer um pronunciamento ontem anunciando mais um escândalo, que era o fato escandaloso do mês de janeiro ter sido um dos melhores meses em toda a história de venda de automóveis.
Paulo Henrique Amorim – Isso é um escândalo.
Inácio Arruda – Mas aí o pessoal meu me aconselhou, mas isso aí não vai sair em canto nenhum. Mas como é possível, isso movimenta a economia.
Paulo Henrique Amorim – Não há a menor possibilidade desse dado sair no Estadão, senador (risos).
Inácio Arruda – O que tem de oficina no meu Estado para concertar carro... Esse povo está ululante (risos). Mas aí o pessoal me convenceu e disse, não fala isso, isso aí não vai dar certo, só a TV Senado que vai dar, é melhor você ficar quieto. A idéia de que é só escândalo para poder criar dificuldades, fica aquela coisa assim, o país está indo para um lado e a mídia, um passo para a direita, para outro.
Paulo Henrique Amorim – Mas acontece que essa mídia governa, senador...
Inácio Arruda – Governa, porque ela vai fazendo determinações. Vai dizendo que aqui tem que ser assim, aqui tem que ser assado e por aí vai. Então eu tenho essa opinião de que em determinados momentos o Presidente da República... O sistema, Paulo, o modelo nosso é Presidencialista, não adianta Ministro falar, é o Presidente da República, o enfrentamento político é aqui. Então ele vai a um ato que ele realiza, porque ele tem muitas oportunidades, ele vai inaugurar, ele vai fazer o lançamento de algum programa, convoca uma rede nacional, às vezes isso é menos eficaz, mas nos atos que ele realiza ele pode se pronunciar fazendo o enfrentamento dessa questão. Por que, o que ocorre? Você está fazendo um Plano de Aceleração do Crescimento, e isso não é notícia em canto nenhum, isso só é notícia para dizer que é pífio, que empacou.
Paulo Henrique Amorim – O Globo criou essa expressão, o verbo empacar. Isso é um copyright do Globo.
Inácio Arruda – Uma aberração literária. Daqui a pouco, se o Houaiss tivesse vivo, ia ser obrigado a colocar no dicionário dele (risos). Então você veja a situação, se você tem o Plano de Aceleração do Crescimento... Eu sou cearense, nordestino e brasileiro ao mesmo tempo, como eu disse, só tem um senador do PC do B, nós temos que representar o país mesmo, mas veja que nós temos ali umas jazidas de ventos para a produção de energia eólica e nesse programa de incentivo a energias alternativas estão se montando ali, no Ceará e no Rio Grande do Norte, principalmente, grandes parques eólicos. Não tem uma manchete!
Paulo Henrique Amorim – O senador Agripino Maia parece que não percebeu isso.
Inácio Arruda - Não olha, não abre esse olho, parece que caiu uma trave... Não consegue enxergar.
Câmara volta pedindo explicações da prefeitura
A Câmara de Itabuna retorna do recesso parlamentar nesta sexta-feira. Durante a sessão, um representante do prefeito fará uma síntese desses últimos meses de governo, que vem sendo duramente criticado por ter abandonado à cidade.
Os vereadores Emanoel Acilino e Wenceslau Júnior protocolaram convite para que o Secretário Municipal de Saúde, Jesuíno Oliveira, explique o que está ocorrendo no Hospital de Base e porque continua faltando remédios nos postos de saúde.
O diretor da Fasi- Fundação de Assistência à Saúde de Itabuna-, Raimundo Vieira, também foi convocado. Os vereadores querem saber o motivo do atraso dos salários dos funcionários do Hospital de Base, que é administrado pela Fasi.
A Região
Os vereadores Emanoel Acilino e Wenceslau Júnior protocolaram convite para que o Secretário Municipal de Saúde, Jesuíno Oliveira, explique o que está ocorrendo no Hospital de Base e porque continua faltando remédios nos postos de saúde.
O diretor da Fasi- Fundação de Assistência à Saúde de Itabuna-, Raimundo Vieira, também foi convocado. Os vereadores querem saber o motivo do atraso dos salários dos funcionários do Hospital de Base, que é administrado pela Fasi.
A Região
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Convidado por Lula, Edson Santos (PT) deve assumir a Seppir
O deputado Edson Santos (PT-RJ) vai assumir na próxima quarta-feira (20) o cargo de ministro da Igualdade Racial (Seppir). De acordo com informações do gabinete do deputado, Santos conversou nesta quinta-feira (14) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aceitou o convite para assumir o cargo. A assessoria do Palácio do Planalto confirmou a informação.
Ontem (13), Edson Santos afirmou ter sido sondado pelo presidente do partido, Ricardo Berzoini (PT-SP) sobre uma possível indicação. Até 1º de fevereiro, o cargo era ocupado por Matilde Ribeiro, que deixou a Secretaria após denúncias de uso indevido do cartão corporativo.
Edson Santos está em seu primeiro mandato como federal (2007-2010), eleito pelo PT do Rio. Ele já foi diretor da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro e presidente da Associação de Moradores da Cidade de Deus. Elegeu-se vereador no Rio em 1988, pelo PCdoB, mas ingressou no PT em em 1994 e é membro do Diretório Nacional deste partido desde 2006.
Com informações da Agência Brasil
Ontem (13), Edson Santos afirmou ter sido sondado pelo presidente do partido, Ricardo Berzoini (PT-SP) sobre uma possível indicação. Até 1º de fevereiro, o cargo era ocupado por Matilde Ribeiro, que deixou a Secretaria após denúncias de uso indevido do cartão corporativo.
Edson Santos está em seu primeiro mandato como federal (2007-2010), eleito pelo PT do Rio. Ele já foi diretor da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro e presidente da Associação de Moradores da Cidade de Deus. Elegeu-se vereador no Rio em 1988, pelo PCdoB, mas ingressou no PT em em 1994 e é membro do Diretório Nacional deste partido desde 2006.
Com informações da Agência Brasil
Encontro Estadual de Organização abre ciclo de mobilização do PcdoB
O PCdoB baiano realiza neste sábado (16/02), no Hotel Sol Barra, em Salvador, o Encontro Estadual de Organização. O evento, que deve receber mais de 150 militantes de todas as regiões do estado, tem como objetivo apresentar o Plano de Organização do partido para 2008, aprovado pelo Comitês Central e Estadual. Entre os participantes estão Walter Sorrentino, secretário nacional de Organização do PCdoB, e Péricles de Souza, presidente estadual do partido, que falará sobre o papel do PCdoB no atual quadro político baiano
O Encontro será marcado por três exposições e por uma série de debates sobre os temas abordados. Além de Péricles de Souza, falarão para os participantes Walter Sorrentino e Davidson Magalhães, secretário estadual de Organização. Sorrentino apresentará o Plano Nacional de Organização, enquanto Magalhães tratará das especificidades da sua aplicação na Bahia, tendo como vértice a tática política e eleitoral. O evento também abrirá o ciclo de mobilização da militância em 2008. Até o fim de março, o partido realizará 13 encontros regionais em diferentes regiões do estado, além de assembléias nos principais Comitês Municipais. O objetivo é aumentar a participação e o acesso às decisões do partido, aproximando cada vez mais a base da direção.
Importância - Para Egberto Magno, integrante da Comissão Estadual de Organização, as secretarias de Organização são importantes estruturas dos Comitês Municipais e Estaduais do PCdoB e atuam em integração com as demais frentes partidárias. “Um partido só consegue atingir seus objetivos quando os setores trabalham em conjunto. A Organização é o coração do partido agindo de forma integrada com as secretarias de Formação, Comunicação e outras , principalmente nesse importante momento de crescimento do partido”, declarou Magno.
De Salvador,
Rodrigo Rangel Jr.
O Encontro será marcado por três exposições e por uma série de debates sobre os temas abordados. Além de Péricles de Souza, falarão para os participantes Walter Sorrentino e Davidson Magalhães, secretário estadual de Organização. Sorrentino apresentará o Plano Nacional de Organização, enquanto Magalhães tratará das especificidades da sua aplicação na Bahia, tendo como vértice a tática política e eleitoral. O evento também abrirá o ciclo de mobilização da militância em 2008. Até o fim de março, o partido realizará 13 encontros regionais em diferentes regiões do estado, além de assembléias nos principais Comitês Municipais. O objetivo é aumentar a participação e o acesso às decisões do partido, aproximando cada vez mais a base da direção.
Importância - Para Egberto Magno, integrante da Comissão Estadual de Organização, as secretarias de Organização são importantes estruturas dos Comitês Municipais e Estaduais do PCdoB e atuam em integração com as demais frentes partidárias. “Um partido só consegue atingir seus objetivos quando os setores trabalham em conjunto. A Organização é o coração do partido agindo de forma integrada com as secretarias de Formação, Comunicação e outras , principalmente nesse importante momento de crescimento do partido”, declarou Magno.
De Salvador,
Rodrigo Rangel Jr.
SERRA CENSURA TV CULTURA
O Deputado Simão Pedro, líder do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, denunciou da tribuna que a TV Cultura, da Fundação Padre Anchieta de São Paulo, não deu nenhuma notícia sobre os cartões corporativos do Governo de São Paulo. (Clique aqui para ver o vídeo.)
A tapioca do Serra movimentou ano passado a bagatela de R$ 108 milhões – muito mais do que a tapioca do Governo Federal, sendo que 44,58% dos recursos foram sacados na boca do caixa.
Rui Falcão, deputado do PT na Assembléia Legislativa do Estado, encaminhou ao Procurador Geral do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinho, quinze perguntas sobre a tapioca do Serra. Falcão pede que o Ministério Público investigue se houve “improbidade administrativa” com os cartões corporativos. O Procurador deve conseguir as respostas nas próximas 48 horas: ao suspender, segunda-feira, as operações na boca caixa da tapioca de seu governo, o presidente eleito José Serra prometeu transparência absoluta.
Fonte: www.conversa-afiada.ig.com.br
A tapioca do Serra movimentou ano passado a bagatela de R$ 108 milhões – muito mais do que a tapioca do Governo Federal, sendo que 44,58% dos recursos foram sacados na boca do caixa.
Rui Falcão, deputado do PT na Assembléia Legislativa do Estado, encaminhou ao Procurador Geral do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinho, quinze perguntas sobre a tapioca do Serra. Falcão pede que o Ministério Público investigue se houve “improbidade administrativa” com os cartões corporativos. O Procurador deve conseguir as respostas nas próximas 48 horas: ao suspender, segunda-feira, as operações na boca caixa da tapioca de seu governo, o presidente eleito José Serra prometeu transparência absoluta.
Fonte: www.conversa-afiada.ig.com.br
Movimento negro comenta sucessão de Matilde na Seppir
Doze dias após o desligamento da ex-ministra Matilde Ribeiro, a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) está sob a gestão interina do secretário-adjunto Martvs das Chagas. Representantes de movimentos sociais negros apontam possíveis substitutos para ministra, mas avaliam que, mais que um nome específico, a secretaria precisa de ampliação da estrutura e mais articulação com a sociedade. Leia mais no www.vermelho.org.br
Lista do mensalão: Justiça condena Globo e presidente do DEM
A TV Globo e o deputado federal Rodrigo Maia, presidente do DEM (ex-PFL), foram condenados a indenizar Luiz Carlos da Silva em R$ 100 mil por danos morais. Ele foi exposto no caso do "mensalão" ao ter seu nome divulgado em uma lista de pessoas que estiveram na agência do Banco Rural situada no Brasília Shopping, onde eram realizados os supostos saques de alegadas mesadas pagas a deputados pelo empresário Marcos Valério. A decisão é do juiz da 4ª Vara Cível de Brasília, Robson Barbosa de Azevedo. Leia mais no www.vermelho.org.br
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Curso para quadros do PCdoB/Bahia começa neste domingo
A formação continuada da militância é uma preocupação constante do PCdoB. Na Bahia, a Comissão Estadual de Formação realiza entre os dias 17 e 27 de fevereiro, o Curso do Nível II da Escola Nacional para Quadros do PCdoB. As aulas acontecem na Casa de Retiro São José, em Mar Grande, na Ilha de Itaparica. A abertura será neste domingo (17/2), às 19h, com a palestra "A política de quadros do PCdoB", proferida pelo secretário estadual de organziação, Davidson Magalhães.
A Casa de Retiro São José está localizada na rua Domingos de Oliveira, 195, Mar Grande. Para chegar ao local os participantes do interior devem seguir direto para ilha, via Nazaré das Farinhas. De Salvador, é possível ir de Ferry Boat ou Catamarã até a Ilha de Itaparica e utilizar o serviço de transporte até Mar Grande. Existe ainda a alternativa de pegar uma lancha direto para Mar Grande no terminal que fica em frente ao Mercado Modelo, no Comércio.
Novos desafios - O Curso Nível II integra o conjunto de medidas, aprovadas pelo Comitê Central para que o Partido esteja a altura dos desafios decorrentes da sua tática atual, mais afirmativa e audaciosa, e possa encarar de frente as demais exigências do nosso tempo. "O estudo continuado e aprofundado do marxismo e da realidade brasileira é fundamental para que os novos dirigentes do PCdoB cumpram a sua função histórica de organizar e orientar a transformação da sociedade nas atuais condições da luta política, ideológica e social, declarou o secretário estadual de Formação, Milton Barbosa.
Participam do curso integrantes do Comitê Estadual e dos Comitês Municipais indicados pela Comissão de Organização e aprovados pelo Secretariado e pela Comissão Política Estadual do PCdoB. A equipe de educadores será composta por professores da Escola Nacional e Estadual e por integrantes do secretariado estadual. Entre os instrutores estão José Carlos Ruy, do Comitê Nacional, que fala sobre a história das idéias marxistas no Brasil, no dia 20/02, e o secretário nacional de Organização,Walter Sorrentino, que fará palestra sobre o Partido Comunista no século 21: permanência e renovação, no dia 26. Neste mesmo dia, o presidente do PCdoB na Bahia, Péricles de Souza, dará aula sobre o programa socialista para o Brasil e a tática atual do Partido.
Confira os principais conteúdos abordados pelo curso:
1. O significado histórico do Marxismo-Leninismo: Contexto do surgimento do marxismo, o desenvolvimento das ciências e da prática revolucionária, suas fontes teóricas e partes constitutivas. O marxismo da época do imperialismo. Elementos da história do marxismo-leninismo no Brasil.
2. Concepção de mundo no materialismo dialético: Relação entre filosofia e ciência, relação entre o ser e o pensar (matéria / consciência, realidade / pensamento; objetividade / subjetividade; materialismo / idealismo). A relação homem-natureza - a evolução da vida e o surgimento do homem; o trabalho e a linguagem como traços distintivos do humano.
3. Origem e desenvolvimento da sociedade: Modo de produção e classes sociais, conceito de proletariado. O que são luta de classes e Estado. Luta de classes e Estado no Brasil.
4. A dinâmica do modo de produção capitalista: O método da economia política em Marx; conceitos de mercadoria e trabalho. Teoria do valor e mais-valia. Conceito de capital e sua formula geral. O Capitalismo e suas crises. A fase imperialista do capitalismo: financeirização, guerras, globalização, etc. O capitalismo no Brasil: da industrialização de 1930 ao PAC de 2007. Considerações sobre o projeto nacional-democrático desenvolvimentista atual.
5. O socialismo como necessidade histórica: Conceitos de socialismo utópico e cientifico. O significado histórico das revoluções do século XX. A derrota na URSS: legados e lições. A crise do marxismo e do socialismo e a defensiva estratégica. Fundamentos teóricos e a relação dialética entre tática e estratégia. A tática atual.
6. Concepção, história e lutas do Partido Comunista: Concepção de Partido. Gênese, fundamentos, valores, embates para a sua afirmação teórica, política, ideológica e organizativa. Um partido para o século XXI: permanência e renovação. O programa socialista para o Brasil e a nova luta pelo socialismo.
De Salvador,
Eliane Costa
A Casa de Retiro São José está localizada na rua Domingos de Oliveira, 195, Mar Grande. Para chegar ao local os participantes do interior devem seguir direto para ilha, via Nazaré das Farinhas. De Salvador, é possível ir de Ferry Boat ou Catamarã até a Ilha de Itaparica e utilizar o serviço de transporte até Mar Grande. Existe ainda a alternativa de pegar uma lancha direto para Mar Grande no terminal que fica em frente ao Mercado Modelo, no Comércio.
Novos desafios - O Curso Nível II integra o conjunto de medidas, aprovadas pelo Comitê Central para que o Partido esteja a altura dos desafios decorrentes da sua tática atual, mais afirmativa e audaciosa, e possa encarar de frente as demais exigências do nosso tempo. "O estudo continuado e aprofundado do marxismo e da realidade brasileira é fundamental para que os novos dirigentes do PCdoB cumpram a sua função histórica de organizar e orientar a transformação da sociedade nas atuais condições da luta política, ideológica e social, declarou o secretário estadual de Formação, Milton Barbosa.
Participam do curso integrantes do Comitê Estadual e dos Comitês Municipais indicados pela Comissão de Organização e aprovados pelo Secretariado e pela Comissão Política Estadual do PCdoB. A equipe de educadores será composta por professores da Escola Nacional e Estadual e por integrantes do secretariado estadual. Entre os instrutores estão José Carlos Ruy, do Comitê Nacional, que fala sobre a história das idéias marxistas no Brasil, no dia 20/02, e o secretário nacional de Organização,Walter Sorrentino, que fará palestra sobre o Partido Comunista no século 21: permanência e renovação, no dia 26. Neste mesmo dia, o presidente do PCdoB na Bahia, Péricles de Souza, dará aula sobre o programa socialista para o Brasil e a tática atual do Partido.
Confira os principais conteúdos abordados pelo curso:
1. O significado histórico do Marxismo-Leninismo: Contexto do surgimento do marxismo, o desenvolvimento das ciências e da prática revolucionária, suas fontes teóricas e partes constitutivas. O marxismo da época do imperialismo. Elementos da história do marxismo-leninismo no Brasil.
2. Concepção de mundo no materialismo dialético: Relação entre filosofia e ciência, relação entre o ser e o pensar (matéria / consciência, realidade / pensamento; objetividade / subjetividade; materialismo / idealismo). A relação homem-natureza - a evolução da vida e o surgimento do homem; o trabalho e a linguagem como traços distintivos do humano.
3. Origem e desenvolvimento da sociedade: Modo de produção e classes sociais, conceito de proletariado. O que são luta de classes e Estado. Luta de classes e Estado no Brasil.
4. A dinâmica do modo de produção capitalista: O método da economia política em Marx; conceitos de mercadoria e trabalho. Teoria do valor e mais-valia. Conceito de capital e sua formula geral. O Capitalismo e suas crises. A fase imperialista do capitalismo: financeirização, guerras, globalização, etc. O capitalismo no Brasil: da industrialização de 1930 ao PAC de 2007. Considerações sobre o projeto nacional-democrático desenvolvimentista atual.
5. O socialismo como necessidade histórica: Conceitos de socialismo utópico e cientifico. O significado histórico das revoluções do século XX. A derrota na URSS: legados e lições. A crise do marxismo e do socialismo e a defensiva estratégica. Fundamentos teóricos e a relação dialética entre tática e estratégia. A tática atual.
6. Concepção, história e lutas do Partido Comunista: Concepção de Partido. Gênese, fundamentos, valores, embates para a sua afirmação teórica, política, ideológica e organizativa. Um partido para o século XXI: permanência e renovação. O programa socialista para o Brasil e a nova luta pelo socialismo.
De Salvador,
Eliane Costa
Joaquim Bastos toma posse hoje
Os professores Antônio Joaquim Bastos e Adélia Maria Carvalho de Melo tomam posse hoje como reitor e vice-reitorada da Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz). A solenidade será realizada às 16 horas, no auditório do Centro de Arte e Cultura Paulo Souto. O governador Jaques Wagner encontra-se na região e inaugura o prédio do laboratório de Biossegurança onde será instalado o Centro de Biotecnologia e Genética e a estação de captação e tratamento de água do campus universitário, construídos na atual gestão, alén de participar da solenidade de posse da nova reitoria.
O professor Joaquim Bastos destaca “a necessidade de demarcar a gestão universitária com base na eficiência, traduzida na realização de metas, com custo oportuno e eficácia, a fim de que se obtenha o máximo equilíbrio na relação realizado/programado, no tratamento equânime a todos os segmentos e na priorização de ações de alto impacto nos aspectos educacional, social, econômico e ambiental”.
O professor Joaquim Bastos destaca “a necessidade de demarcar a gestão universitária com base na eficiência, traduzida na realização de metas, com custo oportuno e eficácia, a fim de que se obtenha o máximo equilíbrio na relação realizado/programado, no tratamento equânime a todos os segmentos e na priorização de ações de alto impacto nos aspectos educacional, social, econômico e ambiental”.
Governador tem agenda cheia na região
O governador Jaques Wagner está hoje no sul da Bahia, onde cumpre uma agenda cheia. Às 10h ele assina a ordem de serviço das obras de esgoto de Serra Grande e anuncia a transformação da Emarc em Ifet.
As quatro unidades da Emarc serão mudadas para Instituição Federal de Educação Tecnológica (Ifet). As unidades estão nos municípios de Uruçuca, Teixeira de Freitas, Itapetinga e Valença.
Por volta das 11h, Wagner inaugura as novas instalações da CAERC - Companhia de Ações Especiais da Região Cacaueira, na antiga fábrica da Barreto de Araújo no Distrito Industrial de Ilhéus.
Em seguida inaugura a Unidade Administrativa do Hospital Geral Luiz Viana Filho, anuncia para ele equipamentos de Tomografia Computadorizada, Anestesia e duas ambulâncias. E a urbanização do bairro de N.S. da Vitória.
Às 15 horas Wagner segue para a Uesc, onde inaugura o Laboratório de Bio-Segurança, obra importante realizada pelo governo do estado, e dá posse ao reitor Antonio Joaquim da Silva.
As quatro unidades da Emarc serão mudadas para Instituição Federal de Educação Tecnológica (Ifet). As unidades estão nos municípios de Uruçuca, Teixeira de Freitas, Itapetinga e Valença.
Por volta das 11h, Wagner inaugura as novas instalações da CAERC - Companhia de Ações Especiais da Região Cacaueira, na antiga fábrica da Barreto de Araújo no Distrito Industrial de Ilhéus.
Em seguida inaugura a Unidade Administrativa do Hospital Geral Luiz Viana Filho, anuncia para ele equipamentos de Tomografia Computadorizada, Anestesia e duas ambulâncias. E a urbanização do bairro de N.S. da Vitória.
Às 15 horas Wagner segue para a Uesc, onde inaugura o Laboratório de Bio-Segurança, obra importante realizada pelo governo do estado, e dá posse ao reitor Antonio Joaquim da Silva.
Fonte: A Região
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Governador inaugura obras na Uesc
O Governador da Bahia, Jaques Wagner, vai inaugurar, amanhã (13), o prédio do laboratório de biossegurança da Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz). As obras ficaram sob a responsabilidade da SUCAB, e foram aplicados cerca de R$ 1 milhão oriundos do Governo do Estado e da FINEP (Financiadora de Estudos de Projetos e Programas), do Ministério da Ciência e Tecnologia. Trata-se de um dos projetos de grande porte e importância para a Universidade. O prédio vai abrigar um complexo de seis laboratórios e contempla o programa de pós-graduação em Genética e Biologia Molecular, que é o segundo da Região Nordeste e o primeiro na Bahia. De acordo com o professor Júlio Cascardo, “o novo laboratório vai fortalecer a pós-graduação da Universidade, como um todo especialmente o curso de doutorado em Genética e Biologia Molecular e também aos alunos de outras áreas como agrária e saúde, com recursos de última geração”. O prédio tem 700m2, conta com sistema de prevenção de incêndio (detector de fumaça), projeto iluminotécnico econômico (baixo consumo de energia) e sistema de aterramento da fiação elétrica capaz de prevenir acidentes. “É um prédio adequado às normas de trabalho em Nível de Biossegurança I e II, regulamentadas pela CTNBio. Isso colocará a Uesc em consonância com a mais recente Lei de Biossegurança assinada pelo Congresso Nacional, em fevereiro de 2004, que estabelece rigorosas normas regulamentadoras das atividades que envolvem organismos geneticamente modificados (OGMs) e seus derivados”, informa o professor.Os laboratórios de Biossegurança da Uesc estão instalados, atualmente, no Pavilhão Manoel Nabuco, onde também funcionam outras dezenas de laboratórios. O novo prédio amplia a infra-estrutura dos laboratórios multiusuários de pesquisa das áreas ambientais e agronômicas associadas aos programas de pós-graduação da Universidade.
Estação de água - Na mesma ocasião, o Governador Jaques Wagner vai inaugurar a estação de captação e tratamento de água potável construída com recursos do Governo da Bahia e orçamento da Uesc, no valor de R$ 85 mil.O objetivo da estação é a oferta e distribuição de água tratada com qualidade para todo o campus universitário, proporcionando uma economia mensal de R$30 mil por mês para a Universidade.A obra a cargo da Prefeitura do Campus ocupa uma área de 662m². A captação da água será feita num poço artesiano com vazão de 16,0m³ por hora. A estação trata, em regime de batelada, 8,0m³ por hora, para atender a demanda atual de 4,0m³ por hora. A capacidade de armazenamento é de 300m³.
Fonte: Diário do Sul
Estação de água - Na mesma ocasião, o Governador Jaques Wagner vai inaugurar a estação de captação e tratamento de água potável construída com recursos do Governo da Bahia e orçamento da Uesc, no valor de R$ 85 mil.O objetivo da estação é a oferta e distribuição de água tratada com qualidade para todo o campus universitário, proporcionando uma economia mensal de R$30 mil por mês para a Universidade.A obra a cargo da Prefeitura do Campus ocupa uma área de 662m². A captação da água será feita num poço artesiano com vazão de 16,0m³ por hora. A estação trata, em regime de batelada, 8,0m³ por hora, para atender a demanda atual de 4,0m³ por hora. A capacidade de armazenamento é de 300m³.
Fonte: Diário do Sul
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