terça-feira, 13 de novembro de 2007

É caótica a saúde pública em Itabuna

Por Jorge Barbosa*
Há pouco tempo os serviços de saúde em nossa cidade eram considerados referência, apesar de não serem perfeitos e necessitarem de ajustes. Entretanto, em pouco mais de dois anos a Saúde é avaliada como em situação caótica, e como sempre quem mais sofre são os pobres e necessitados.

O Hospital de Base, maior investimento no setor nos últimos anos e que serve aos municípios de toda a Região, é motivo de todo tipo de crítica, o seu Pronto Socorro tem negado constantemente amparo a pacientes que necessitam de atendimento ambulatorial (sou testemunha). O Pronto Socorro do Hospital Calixto Midlej encontra-se fechado (em reforma), assim, quem necessita de emergência médica é obrigado a recorrer ao Pronto Atendimento (particular) que naturalmente não é conveniado ao SUS – Sistema Único de Saúde. Os relatos são os mais aterrorizantes, sombrios e funestos possíveis.
Precisamos tomar uma providência, cabe aos segmentos sociais organizados e as lideranças políticas da nossa Região e do nosso Estado fazer alguma coisa e com urgência. Ficar calado e para e ser conivente com o crime de abandono.

Lembremos do humanista juramento de Hipócrates:

“Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higia e Panacéia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes. Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano o mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva. Conservarei imaculada minha vida e minha arte. Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam. Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução, sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados. Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça”.

*Jorge Barbosa de Jesus – presidente do SEEB de Itabuna e Região

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Charge de Sinfrônio para o Diário do Nordeste