quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Sociedade protesta contra o desmonte da Ceplac

Mais de mil pessoas participaram na tarde de ontem, na Avenida Cinquentenário, de uma passeata em defesa da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira). A iniciativa foi das Câmaras municipais de Itabuna e Ilhéus e do Grupo de Ação Comunitária (GAC), com o apoio de diversas outras entidades. A luta em defesa da Ceplac reuniu forças políticas antagônicas, a exemplo do que aconteceu no processo de estadualização da Fespi/Uesc, no início da década de 1990.

A Ceplac foi criada há 50 anos como uma comissão executiva para recompor os débitos dos produtores de cacau. Posteriormente, assumiu as funções de prestadora de assistência técnica, produtora de pesquisa e promotora de educação. O governo federal estuda a possibilidade de repassar as atividades executadas pela Ceplac para outras instituições, como a Embrapa.

Os manifestantes reivindicaram que o órgão seja transformado em autarquia, tornando-se mais autônoma do ponto de vista administrativo e financeiro, evitando assim a fragmentação das atividades de pesquisa, assistência e educação que hoje são desenvolvidas pelo órgão federal.

Para Luís Sena, a CEPLAC foi e continua sendo imprescindível ao desenvolvimento da região cacaueira. “Suas atividades, voltadas para a pesquisa técnica e aprimoramento da lavoura de cacau, juntaram-se a novas atividades que acenam para o fortalecimento da região, através de pesquisas científicas. É preciso reconhecer o importante papel que a CEPLAC desempenha e combater qualquer iniciativa de desativação ou desestruturação do órgão”, defendeu o pré-candidato a prefeito pelo PCdoB.

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Charge de Sinfrônio para o Diário do Nordeste