Capitaneados pelas entidades do movimento estudantil (UJS, DCE/UESC, UEB, UNE, ABES, UBES), estudantes e sindicalistas realizarão uma manifestação amanhã, 8/01, contra o aumento da tarifa de transporte coletivo em Itabuna, reajustada dia 2 de janeiro. Às 7 horas, os estudantes se concentrarão no CISO e, em caminhada, seguem para a Avenida Ilhéus, onde encontrarão os sindicalistas e demais manifestantes às 8 horas, em frente ao INSS.
Segunda maior tarifa da Bahia, inferior apenas a de Salvador, o aumento de 12,5% (muito superior à inflação), foi praticado na calada da noite, aproveitando a desmobilização dos estudantes no período natalino.
Desmobilização - Alguns membros do Conselho Municipal de Transportes alegam que não foram convocados para a reunião que resultou no aumento da tarifa. Edson Gomes, representante da UABI (União das Associações de Bairros de Itabuna) e vice-presidente do Conselho foi um deles. “A prefeitura deu um golpe na população de Itabuna”, afirmou Gomes, mais conhecido por Pule. O representante do Sindicato dos Comerciários no Conselho, Gilson Araújo, recebeu a convocação, mas afirma que o aumento da tarifa não constava como ponto de pauta da reunião, o que desestimulou a participação de alguns conselheiros e facilitou a aprovação pelo Conselho, que é, em sua maioria, controlado pelo prefeito FG.
Os conselheiros reclamam da falta de discussão e transparência nos critérios que determinam os reajustes da tarifas de ônibus. Segundo Pule, os conselheiros não tiveram acesso à planilha de custos das empresas de ônibus. “Não sabemos quanto as empresas lucram com o transporte coletivo em Itabuna. Assim fica difícil discutir aumento de tarifa”.
Passe livre – Bandeira histórica do movimento estudantil, os representantes dos estudantes defendem a implantação do passe livre na cidade. Na opinião de Dayane Nascimento, vice-presidente da Associação Baiana dos Estudantes (ABES), o passe livre representa a migração do sistema de transporte privado para um sistema público, garantindo o acesso universal aos estudantes. “Isto traria um sistema de transporte sem exclusão social”, afirma a líder estudantil.
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