segunda-feira, 28 de abril de 2008

Missão impossível?

Por Luiz Carlos Junior

Na semana passada a imprensa itabunense chamava de missão (quase) impossível a possibilidade de unidade dos partidos da base de sustentação do governo Wagner nas eleições de outubro, em Itabuna. A incredulidade advinha do fato de alguns partidos da base (PCdoB, PSB, PT, PSDB, PMDB e PP) já terem lançado pré-candidatos ao pleito municipal (algumas deles bem posicionadas nas pesquisas). Mas a reunião promovida no último sábado pelo PCdoB, PSB e PMDB com os demais partidos da base demonstrou que, caso algumas arestas sejam aparadas e critérios claros sejam adotados para a escolha do nome de consenso, é sim, possível esses partidos estarem juntos em torno de um projeto para Itabuna.

Pra começar, causou surpresa a grande quantidade de representantes partidários presentes, doze ao todo (PCdoB, PSB, PMDB, PT, PSDB, PV, PSL, PTdoB, PRP, PV, PR e PPS). Todos foram unânimes ao condenar a administração de FG e o estado de abandono em que a cidade se encontra, excluindo qualquer possibilidade de aliança com o Democratas. Inclusive o PMDB. Apesar de notícias darem conta de uma aliança entre o partido do Capitão Fabio e o DEM, o presidente da agremiação, Alberto Elmo, o Bebeto, afirmou categoricamente que o PMDB não faz parte do governo municipal e que não existe acordo algum com Cuma e seu partido. Renato Costa chegou a afirmar que existia “uma ação orquestrada para desqualificar nosso candidato”, ao afirmar que setores da imprensa rotulam Fábio Santana de fernandista, enquanto o outro capitão sequer tem sua imagem associado ao atual prefeito, apesar de ser vice-prefeito e filiado ao DEM.

Rusgas – Alguns partidos (notadamente PV, PSDB, PMDB e PSL) lembraram que a desejada unidade das forças progressistas foi alcançada em 2000, mas que não havia sido benéfica para todos. A desconfiança maior recai sobre o Partido dos Trabalhadores, acusado de não cumprir acordos firmados naquele ano. Barcelos, O Conciliador, considerou positiva a lavagem de roupa suja e assegurou que seu partido está aberto à crítica e trabalhará para unir a base aliada ao governo Wagner nessas eleições. Questionado se o PT abriria mão de sua candidatura em prol de um nome de consenso apresentado pelos partidos da base, afirmou: “Assim como os demais partidos”.

Se a intenção dos partidos que tiveram a iniciativa de promover a reunião foi quebrar o gelo e abrir um canal de diálogo com a base aliada, parece que o encontro cumpriu seu objetivo. Todos concordam que a união dessas agremiações é garantia de vitória nessas eleições. A discussão sobre o nome de consenso fica adiada para momento apropriado. Nova reunião foi agendada para o próximo sábado, no mesmo local, às 9 horas, quando uma agenda mínima deverá ser debatida.

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Charge de Sinfrônio para o Diário do Nordeste