sexta-feira, 16 de maio de 2008

Maio, a pauta dos trabalhadores e os “nossos” deputados


Maio, conhecido popularmente como o mês das mães e das noivas, também marca momentos históricos memoráveis. Em maio de 2008 nos lembramos dos 120 anos da abolição da escravidão legal no Brasil e 40 anos das agitações estudantis e operárias que abalaram a França e se espalharam pelo mundo, tendo grande repercussão no Brasil com o crescimento da resistência à ditadura militar que chegou, após o AI 5, até à luta armada.

Para os trabalhadores de todo o mundo, maio, logo no seu primeiro dia, recorda inúmeras jornadas de lutas que nos levaram a reconhecê-lo internacionalmente como nosso dia.

Esse maio de 2008 também é marcado pelo debate que começa a crescer no Congresso Nacional (apesar dos Cartões Corporativos centralizarem, “por acaso”, as atenções da grande mídia) e na sociedade em geral em torno de 3 temas essenciais para o s trabalhadores.

O primeiro diz respeito à PEC 393/01, dos senadores Paulo Paim (PT-RS), e Inácio Arruda (PCdoB-CE), que objetiva reduzir a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salários. Os outros dois referem-se à ratificação de duas Convenções Internacionais da OIT (Organização Internacional do Trabalho), a 151 que trata dos direitos coletivos dos trabalhadores nos Serviços Públicos, como direito à sindicalização e à negociação coletiva; e a 158 que proíbe demissões imotivadas dos trabalhadores do setor privado.

No dia 28 de maio as Centrais Sindicais realizarão o “Dia Nacional de Lutas” que focará nesses pontos, na Reforma Agrária e no Fim do Fator Previdenciário.
Nesse momento, lembro-me que, nas eleições gerais passadas, conversando com um eleitor que declarava o voto no “deputado federal de nossa cidade”, eu afirmava que gostaria de conhecer a opinião dos “candidatos da cidade” sobre assuntos importantes para os trabalhadores como os citados acima.

Os anos se passaram, deputado federal da cidade eleito, e agora? Foi marcante no lançamento do “PAC do Cacau” (no qual foram anunciados importantes investimentos do governo federal na região, sendo, segundo informações da imprensa local, quase 40% deles para renegociação das dívidas de proprietários de fazendas de cacau que terão até 80% do saldo devedor abatido) o apoio de todos os parlamentares da chamada base de sustentação do presidente Lula e do governador Wagner.

Torço para que os deputados do estado, da região, e da cidade também, tenham o mesmo empenho na aprovação das medidas que interessam diretamente os trabalhadores do país, do estado, da região, e da cidade também. É hora de pressão, trabalhadores! Olho neles eleitores!


Marlúcia Paixão, Presidente do Sindicato dos Bancários de Ilhéus – CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.

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Charge de Sinfrônio para o Diário do Nordeste