segunda-feira, 5 de maio de 2008

Afunilou

Luiz Carlos Junior*


A segunda reunião dos partidos da base aliada ao governo estadual, ocorrida sábado, apresentou alguns elementos do futuro cenário político das próximas eleições municipais. Estiveram presentes representantes do PSB, PCdoB, PMDB, PV, PSDB, PSL, PR, PPS e PTN, cujo presidente apresentou como sendo um partido “controlado pelo neto do imperador”. O PT não enviou representante nem justificou a ausência. Mas Iruman se fez presente.

Como era de se esperar, o PMDB foi o centro das atenções, devido às declarações do presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, que praticamente sacramentou a aliança com o DEM em diversas cidades da Bahia, inclusive Itabuna, em matéria publicada semana passada no Correio da Bahia. Questionado, Bebeto disse que estava “tão surpreso quanto” os presentes.

Critérios – Os partidos iniciaram o debate sobre os critérios a serem adotados para a escolha do nome de consenso e mais uma vez o presidente do PMDB roubou a cena. Bebeto, que não é besta nem nada, defendeu que o principal critério seja a pesquisa quantitativa, já que seu candidato está na frente, mas foi além e disse que se o critério não for esse o PMDB pula fora do esforço de construir a unidade. Esperto esse Elmo!
O PV de Val Cabral disse que seu partido não aceita imposição de nomes, porém impôs que o nome de consenso não seja do PT, ressalva feita ao nome de Iruman Contreiras. PSDB, PSB e PCdoB manifestaram que outros critérios devem ser agregados, como capacidade de aglutinação, mobilização de recursos, etc. O bom caráter e um histórico de idoneidade também foram sugeridos. Nova reunião foi marcada para o dia 10 de maio, 9 horas, no mesmo local. Os partidos levarão sugestões e debaterão as variáveis que comporão pesquisas (qualitativa e quantitativa) que serão encomendadas pelo grupo, a fim de embasar a discussão sobre o nome de consenso.

O sonho acabou – A ausência sem justificativa de um representante da direção do Partido dos Trabalhadores (que já não inspira muita confiança aos partidos aliados de outrora), pode sugerir que Geraldo Simões não está levando esse esforço de unidade muito à sério, o que o obrigará a chamar os partidos para conversar. Caso a aliança do PMDB com o Democratas se confirme, o partido de Fábio Santana fica automaticamente excluído do grupo. Os recentes movimentos dão pistas de que o sonho acabou e a base aliada ao governo Wagner deve ter mais de uma candidatura em outubro. Os demais partidos (PSB, PCdoB, PV, PSDB, PSL, PR, PPS, PTN) podem construir um projeto alternativo em contraposição às candidaturas do PT e do PMDB ou se unirem a um dos projetos. Façam suas apostas.

Luiz Carlos Junior é estudante de Comunicação Social

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Charge de Sinfrônio para o Diário do Nordeste