Os trabalhadores em educação do Estado da Bahia decidiram manter a greve, iniciada no dia 8 de maio, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembléia geral realizada na manhã desta terça-feira (15 de maio), no ginásio de esportes do Sindicato dos Bancários. A categoria demonstrou indignação em relação à contraproposta do governo. Ontem, representantes do governo e dos dez sindicatos do funcionalismo estadual se reuniram de 14h30 às 20h30, na Secretaria da Administração. Ao final, o governo sugeriu o reajuste de 4,5%, dos quais 3,3% agora e 1,2% em outubro.
Os professores da rede estadual rechaçaram o índice e mantêm a proposta de 17,28%. O piso salarial do educador de nível 1 é de R$ 324. O salário mínimo é de R$ 380.
Nesta quarta-feira, 16 de maio, haverá reuniões das zonais na capital e assembléias nos municípios do interior da Bahia.
Na quinta-feira, às 9h30, os trabalhadores em educação vão à Assembléia Legislativa em busca de apoio dos parlamentares às suas reivindicações.
Na sexta-feira, às 9 horas, haverá assembléia geral no ginásio de esportes do Sindicato dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos, em Salvador.
PROPOSTA DO GOVERNO
Na reunião de segunda-feira, 14 de maio, na Secretaria de Administração do Estado da Bahia, a denominada - pelo governo - Mesa Permanente de Negociação não conseguiu atender às expectativas dos trabalhadores. Os representantes do governo explicaram que 3,3% referem-se ao Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) do ano passado. O 1,2% que completa a contraproposta governamental de 4,5% diz respeito ao INPC dos seis primeiros meses de 2007.
Os trabalhadores em educação lembram que a questão vai além desses números e do impacto que as novas contas podem causar nas finanças do Estado. A questão é moral. Durante a campanha eleitoral o então candidato Jaques Wagner garantiu que equipararia os salários dos professores a pelo menos ao salário mínimo para, então, falar em reajuste. No entanto, o salário mínimo passou, em 1º de abril, de R$ 350 para R$ 380 e o piso salarial dos professores continua em R$ 324.
Outras categorias do funcionalismo público estadual também já sinalizam com a greve, para tentar fazer o governo tomar consciência da situação.
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