segunda-feira, 11 de junho de 2007

A amplitude da luta contra a privatização das rodovias

O caráter do Movimento Contra a Privatização das Rodovias deve ser o mais amplo possível, uma organização provisória e suprapartidária que possa envolver todos os segmentos organizados da sociedade baiana, no nosso caso específico, da Região Sul da Bahia, tendo em vista que a nossa batalha imediata é em oposição à privatização da Rodovia Ilhéus/Itabuna. Todos devem participar, entidades sindicais, estudantis, comunitárias e empresariais, além das representações políticas. Os vereadores, prefeitos e deputados não podem se calar diante de tal ameaça, independentemente se fazem parte da base de sustentação do governo. Uma vez que são os interesses da população que estão em jogo. A cobrança de pedágio nas rodovias baianas, estaduais ou federais causará um grande impacto, onerando o nosso custo de vida.
Especialmente o poder legislativo, que representa o povo, não pode fugir de tal discussão, uma vez que foi eleito para fiscalizar o executivo e estar aberto ao diálogo com a sociedade através das suas diversas formas de organização. Caso contrário perderia a razão de ser, uma vez que passaria a existir apenas como um apêndice do executivo, trocando sua independência pelo tráfico de influência na máquina governamental.
O Movimento não tem como objetivo o julgamento e a oposição ao governo Wagner, o seu fim é especificamente dissuadir o executivo baiano de desistir da idéia de privatizar as rodovias, uma vez que esta proposta não fez parte do programa de governo, nem foi apresentada ao eleitorado durante a campanha eleitoral. Exigimos apenas coerência e respeito!
O Movimento realizará a sua segunda reunião na próxima quinta-feira, 14 de junho, a partir das 17 horas no Plenário da Câmara de Vereadores de Itabuna, quando dará novos encaminhamentos a Luta Contra a Privatização das Rodovias.
A união da nossa região é fundamental para a vitória do movimento e resultado será benéfico a todos. Lembre-se da luta pela estadualização da FESPI, hoje UESC, onde a nossa unidade possibilitou uma grande conquista para a região do cacau e para toda a Bahia.

Jorge Barbosa de Jesus – Presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e Região

Um comentário:

Anônimo disse...

Sou a favor das privatizações, para que o executivo estadual tenha mais liberdade e tranqüilidade de cuidar de assuntos mais relevantes como saúde e educação, porém, com a sociedade desorganizada que temos, vejo com temor tais privatizações que parecem mais vendas desvairadas de algo que lhe causa mal-estar.
Creio que além de lutar por barrar, a princípio, as privatizações, devemos nos preocupar com a organização da sociedade que está dispersa e sem força de ataque, restando-lhe sonhar com dias melhores através da politica-partidária, esquecendo-se que não teremos bons políticos se não tivermos uma sociedade mais organizada, afinal os politicos saem do seio da sociedade e levam para sua carreira pública os vícios e conceitos adquiridos durante sua educação social.
ANTES DE PRIVATIZAR, VAMOS NOS ORGANIZAR.


Charge de Sinfrônio para o Diário do Nordeste