quinta-feira, 10 de maio de 2007

PORQUE O CEFET DEVE SER EM ITABUNA

O governo FHC sucateou o ensino tecnológico brasileiro, a ponto de, através de decreto, proibir a criação de novas escolas.
A visão neoliberal de que no nicho de mercado mundial nos cabia apenas a agricultura e a produção de mercadorias de baixo valor agregado, dispensava, na visão dos tucanos, a adoção de investimentos nas Universidades Públicas e nos Centros de Educação Tecnológica.
O governo Lula, partilhando da ótica daqueles que defendem o nacional-desenvolvimentismo, passou a investir nas Universidades Federais e nos CEFET’s, inclusive com a implantação de novas unidades, entendendo o papel estratégico dessas instituições para geração de novas tecnologias (inovação tecnológica), bem como a formação de profissionais capacitados para a difícil tarefa de retomar o desenvolvimento nacional, na dimensão e velocidade necessárias à inclusão social e distribuição de renda.
O governo projetou a necessidade de implantar 150 novos CEFET’s, no propósito de viabilizar que todas as cidades-pólo do país sejam contempladas por uma unidade. No planejamento do governo federal serão implantados 50 unidades a cada ano (2008, 2009 e 2010), totalizando os 150 até o final do governo.
Em 2005, época da primeira etapa de expansão, ainda no primeiro no mandato do presidente Lula, em audiência com o Secretário de Ensino Tecnológico do Governo, Dr. Eliezer Pacheco, solicitamos a inclusão do município de Itabuna no plano de expansão, o que nos foi assegurado por ele.
Na posse da Amurc o Secretário Estadual de Educação, Professor Adeum Sauer, anunciou que Itabuna seria contemplada com a instalação de um CEFET.
Sabemos que vivemos numa região bipolar, na qual, tanto Itabuna quanto Ilhéus exercem influência econômica. Porém, a localização de Itabuna a credencia a continuar pleiteando o CEFET, pois, enquanto o município de Ilhéus margeia as cidades de Una, Canavieras, Uruçuca e Itacaré. Itabuna encontra-se melhor localizada para atender as demandas da juventude das seguintes cidades: Itajuípe, Coaraci, Almadina, Itapitanga, Ibirataia, Barro Preto, Itapé, Ibicaraí, Floresta Azul, Firmino Alves, Itororó, Santa Cruz da Vitória, Buerarema, São José da Vitória, Jussarí, Arataca, Camacan, Pau Brasil, Ubatã, Ubaitaba, Aurelino Leal, Gandú, Ibirapitanga e muitos outros municípios.
É importante esclarecer que a única instituição federal de ensino técnico é a Emarc de Uruçuca, que fica naquele município, o qual tem maior proximidade a Ilhéus.
Já que a proposta do CEFET tem o objetivo de atender ao maior número possível de municípios da região l, sugiro ao Ministro que, sem prejuízo do compromisso com Ilhéus, analise a possibilidade de reincluir o município de Itabuna no rol de cidades-pólo a serem contempladas com o CEFET.
Itabuna tem se consolidado como centro comercial e de prestação de serviços, sobretudo nas áreas de educação e saúde, além da recém implantada e promissora indústria têxtil. Somos o segundo mais importante pólo de saúde especializada da Bahia, perdendo apenas para Salvador. É necessário consolidar esta tendência, para que possamos contribuir decisivamente para o desenvolvimento nacional.

Wenceslau Jr
Vereador da Cidade de Itabuna e Membro do Comitê Municipal do PCdoB

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Charge de Sinfrônio para o Diário do Nordeste