segunda-feira, 7 de maio de 2007

Um fogo que não se apaga

“Se com o nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário - estes movimentos de milhões de seres humilhados, que sofrem na pobreza e na miséria, esperam a redenção - enforquem-nos. Aqui terão apagado, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, não poderão apagá-lo!”. O operário norte-americano August Spies disse estas palavras antes de ser enforcado, em 1886, pelo crime de dirigir greve de trabalhadores.

A comemoração do Dia Mundial do Trabalho lembra aquela luta, pela redução da jornada de trabalho, melhores salários e condições de trabalho mais humanas. A grande greve ocorrida em Chicago (EUA), em maio daquele ano foi brutalmente reprimida e seus lideres – Alberto Parsons, Spies, Adolph Fischer, Georg Engel foram enforcados; Ludwig Lingg, suicidou-se na cela e dois outros – Sam Fieldem e Michael Schwab – foram condenados a prisão perpetua. Foi em sua homenagem que o 2º Congresso da Segunda Internacional dos Trabalhadores adotou, em 1891, o 1º de maio como a data dos trabalhadores.

No Brasil, a primeira comemoração ocorreu em Santos (SP), em 1895, pelo Centro Socialista, que tinha à frente dirigentes operários como Silvério Fontes, Sóter Araújo, e Carlos Escobar. Em 1925, o presidente Artur Bernardes decretou feriado nacional e, mais tarde, Getulio Vargas deu ao 1º de maio o status de “dia oficial” do trabalho.

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Charge de Sinfrônio para o Diário do Nordeste