Historicamente o crescimento desordenado da população tem causado impactos ambientais, principalmente, a partir do advento da agricultura. Salvo raras exceções o desenvolvimento da civilização se deu através da agressão ao meio ambiente. Contudo, a partir do século XVIII com a Revolução Industrial e o surgimento da sociedade moderna é que agravaram-se as práticas predatórias levando a extinção diversas espécies de animais e vegetais, deixando um rastro de intensa destruição e desequilíbrio ecológico.
Na busca do lucro máximo e do progresso incessante, nenhuma ideologia político ou religiosa foi capaz de barrar a marcha destruidora, inclusive das próprias civilizações que tinham uma relação de respeito a natureza como os primeiros habitantes das Américas e os nativos africanos, asiáticos e aborígines australianos.
O alerta para o aquecimento global veio ainda na década de 70, e muito pouco ou quase nada foi feito para detê-lo. Agora na eminência de todo o planeta estar em risco é que finalmente os governos dos países mais poderosos estão tomando tímidas providências, uma vez que a sanha consumista e ostentatória do capitalismo contemporâneo permanece a mesma.
Cabe-nos algumas indagações: devemos preservar a natureza por necessidade, pelas ameaças de calamidade ou porque devemos respeito a todos os seres vivos e fazemos parte do ecossistema como apenas mais uma criatura do planeta?
Temos o direito de moldar o planeta aos nossos caprichos, às nossas necessidades, mesmo que superfulas?
Temos o direito de destruir a Amazônia, a Mata Atlântica e todos os outros biomas, em nome do “desenvolvimento”?
A supervalorização do ser humano não estimulou um desrespeito aos demais seres vivos?
Temos o direito de poluir a terra, os rios e os mares. Colocando em risco a nossa própria existência?
Apesar de todas as providências e de todas as inquietações e ameaças a destruição continua. Até quando? Onde está a Ética?
Jorge Barbosa de Jesus – presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e Região
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