Jorge Barbosa*
Depois de anos e mais anos de comemorações festivas do 1º de Maio, finalmente a mídia brasileira questionou qual a verdadeira natureza do Dia Internacional do Trabalho. Aqui no Brasil devido a forte repressão policial e aos dois períodos ditatoriais no século passado, os trabalhadores tiveram dificuldades em criar e manter uma cultura sindical. Assim, o primeiro de maio acabou sendo utilizado em quase todo o país como um mero feriado nacional, ou data festiva.
Depois de anos e mais anos de comemorações festivas do 1º de Maio, finalmente a mídia brasileira questionou qual a verdadeira natureza do Dia Internacional do Trabalho. Aqui no Brasil devido a forte repressão policial e aos dois períodos ditatoriais no século passado, os trabalhadores tiveram dificuldades em criar e manter uma cultura sindical. Assim, o primeiro de maio acabou sendo utilizado em quase todo o país como um mero feriado nacional, ou data festiva.
O que devemos questionar no presente momento é o papel das centrais sindicais, que têm optado pelo modelo de “pão e circo” (Força Sindical), ou “circo” (CUT) utilizando como carro chefe para mobilização a apresentação de bandas e cantores famosos, onde os discursos são meros intervalos entre uma e outra atração.
O 1º de Maio nasceu da luta dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho, ou seja, da necessidade de melhores salários e melhores condições de trabalho. A utilização desta data como mera comemoração do Dia do Trabalho é uma subversão do internacionalismo proletário, uma deformação da história e até um desrespeito à memória dos mártires de Chicago (1886).
Por isso defendemos que o movimento sindical volte às raízes e utilize a data como um dia cívico dos trabalhadores reivindicando o combate ao desemprego, a manutenção e ampliação dos direitos trabalhistas, sociais e previdenciários, a reforma agrária e a recuperação do poder de compra dos salários.
* Jorge Barbosa, presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e Região
Nenhum comentário:
Postar um comentário