quinta-feira, 3 de maio de 2007

A partir de hoje publicaremos os textos contidos no "Jornal A Classe Operária" edição especial do Dia Internacional do Trabalho.

Os patrões querem tirar seus direitos.

Em abril, os trabalhadores brasileiros saíram às ruas em defesa do veto de Lula à Emenda 3. A mobilização vai continuar na “Jornada de Lutas de Maio”, em defesa dos direitos sociais.
Reforma da Previdência, contra o trabalhador
A reforma da Previdência continua em pauta, com medidas contra os direitos dos trabalhadores, como o aumento da idade mínima para a aposentadoria e a capitalização (isto é, a privatização). Isso “contraria os interesses dos trabalhadores e merece o repúdio popular”, diz João Batista Lemos, secretário sindical do PCdoB e coordenador nacional da Corrente Sindical Classista (CSC).
O aumento da idade para a aposentadoria, diz ele, vai aumentar a jornada de trabalho, o que é um retrocesso “pois o progresso tecnológico reduz o tempo necessário à produção de mercadorias e requer a redução, e não o aumento, da jornada para não provocar mais desemprego”. E a capitalização “fortalece a previdência privada, o que só atende aos interesses dos grandes capitalistas, especialmente banqueiros”. Contra estas propostas neoliberais, diz Batista, é “preciso definir e garantir a execução de metas de crescimento e de emprego, entre elas a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, para assegurar um futuro melhor para o povo brasileiro”.
O fantástico aposentado da TV Globo
A Globo pirou: o Fantástico do dia 8 de abril garante, com base em dados do IPEA, um órgão do ministério do Planejamento, que a previdência brasileira é uma das mais generosas do mundo. O estudo avaliou as regras para a concessão de pensão por morte, e para a aposentadoria, comparando a legislação de vários países. Comparou também as regras – não os valores! – da nossa aposentadoria, e diz que no Brasil elas são menos exigentes em relação ao tempo de contribuição e à idade mínima. Comparou países como Alemanha, Bélgica, França, Canadá e Japão, onde a idade mínima é de 60 anos; Inglaterra e Chile, onde a idade mínima é de 65 anos para homens e 60 para mulheres.

No Brasil, diz, um em cada quatro aposentados é menor de 60 anos. E usa um argumento que não corresponde à verdade: no Brasil, “quem se aposenta no Brasil com menos de 60 anos são os trabalhadores que mais têm renda. Não são os trabalhadores pobres”. É possível levar a sério este tipo de coisa? Um estudo desse tipo é ciência ou propaganda contra os direitos dos trabalhadores?
A reforma da Previdência continua em pauta, com medidas contra os direitos dos trabalhadores, como o aumento da idade mínima para a aposentadoria e a capitalização (isto é, a privatização). Isso “contraria os interesses dos trabalhadores e merece o repúdio popular”, diz João Batista Lemos, secretário sindical do PCdoB e coordenador nacional da Corrente Sindical Classista (CSC).
O aumento da idade para a aposentadoria, diz ele, vai aumentar a jornada de trabalho, o que é um retrocesso “pois o progresso tecnológico reduz o tempo necessário à produção de mercadorias e requer a redução, e não o aumento, da jornada para não provocar mais desemprego”. E a capitalização “fortalece a previdência privada, o que só atende aos interesses dos grandes capitalistas, especialmente banqueiros”. Contra estas propostas neoliberais, diz Batista, é “preciso definir e garantir a execução de metas de crescimento e de emprego, entre elas a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, para assegurar um futuro melhor para o povo brasileiro”.
Dá para comparar?
Salário mínimo no Brasil, França e Inglaterra*
Brasil - R$ 380,00 Inglaterra - R$ 3.065,00** França - R$ 3.190,00**
* Valores convertidos pela cotação do dólar de 13/4/2007 - ** valores de 2003

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Charge de Sinfrônio para o Diário do Nordeste